Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
Para marcar um ano do surto do vírus da zika no Brasil, várias agências da ONU estão lançando campanhas para combater a doença.
De Brasília, em entrevista à Rádio ONU, a chefe do Programa de Sobrevivência Infantil e Desenvolvimento e HIV/Aids do Unicef Brasil, Cristina Albuquerque, fala sobre uma dessas iniciativas.
Redes de Inclusão
“Nós construímos a intervenção chamada redes de inclusão. Ela tem como objetivo principal apoiar as mulheres, gestantes e cuidadores de crianças com síndrome congênita do zika ou outras deficiências. Ela tem como foco o apoio psicossocial à família, o empoderamento da família. Tem um outro eixo que é a capacitação dos profissionais da área de saúde e um outro eixo que é a organização das redes que possam trabalhar em conjunto.”
Albuquerque afirmou que atualmente o Brasil tem 2.079 casos confirmados de microcefalia e outras desordens neurológicas causadas pelo zika.
Segundo ela, o projeto não para por aí, o Unicef está levantando a agenda de todas as crianças com deficiências.
Mais Direitos, Menos Zika
Nesta quarta-feira, a Organização Mundial da Saúde, OMS, a Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, o Fundo da ONU para a População, Unfpa, ONU Mulheres, entre outros, lançaram a campanha “Mais Direitos, Menos Zika”.
Segundo a iniciativa, os bebês que nascem com microcefalia exigem atendimento específico e contínuo. A campanha promove acesso a informações, insumos e serviços de qualidade visando a diminuir os riscos de infecção.
A mensagem é direcionada a vários tipos de público, incluindo mulheres em idade reprodutiva de 15 a 49 anos, adolescentes, grávidas ou não e homens adultos e jovens.