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Em uma semana, Hugo perde ‘status de equilibrado’ com frases sobre Ficha Limpa e Anistia

Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados/g1. Laerte Cerqueira

Desde o início de sua trajetória política, no Sertão, o paraibano Hugo Motta (Republicanos) é considerado um político de posturas moderadas. Que evita falar sobre temas delicados e entrar em ‘bolas divididas’.

A imagem construída fez com que aliados e adversários sempre mantivessem boas relações, independentemente de disputas eleitorais.

Motta é da base do governador João Azevêdo (PSB), mas nunca foi para o enfrentamento público com a oposição.

Na última semana, contudo, essa ‘blindagem’ sofreu abalos. Foi parcialmente derretida com as declarações dadas por ele sobre a Anistia do 8 de Janeiro e a Lei da Ficha Limpa.

Ao cumprir uma agenda na Paraíba Motta voltou a dizer que é favorável à redução da inelegibilidade da Ficha Limpa e defendeu, também, que os atos do 8 de Janeiro não foram uma tentativa de golpe – apesar das investigações da PF revelarem o contrário.

As frases têm repercutido, de forma negativa, em todo o país. E não poderia ser diferente.

A avaliação é de que Motta ‘escorregou’ ao antecipar a própria opinião sobre temas, controversos, que ainda poderão ser pautados pela ‘Casa’. No caso da Ficha Limpa, por exemplo, a proposta de reduzir a punição para maus gestores é um completo retrocesso!

Em uma semana, o ‘status’ de equilíbrio construído por ele, em anos, foi para o espaço…