Lei Reconhece Bordado do Seridó como Patrimônio Imaterial e Artístico do Rio Grande do Norte
O bordado do Seridó, uma arte centenária que é passada de geração em geração, foi oficialmente reconhecido como patrimônio cultural, imaterial e artístico do Rio Grande do Norte. A lei foi sancionada e publicada no Diário Oficial do estado na última quinta-feira (23), destacando a importância dessa tradição para a cultura local e nacional.
A técnica de bordado, que se originou em notícias da região do Seridó, tem se destacado nos últimos anos e conquistado visibilidade nacional, especialmente após ser utilizada em eventos de grande repercussão. Entre os marcos recentes, está o uso do bordado no vestido de casamento da socióloga Rosangela Silva, conhecida como Janja, esposa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e também na vestimenta da delegação brasileira durante as Olimpíadas de Paris.
Em Timbaúba dos Batistas, um pequeno município no Seridó com aproximadamente 2.300 habitantes, o bordado é uma das principais atividades profissionais. Cerca de um terço da população local trabalha com a produção dessa arte, como revelado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-RN). A arte é tão emblemática que recebeu o selo de indicação geográfica do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), atestando que os produtos bordados são autênticos e originários da região.
Além do reconhecimento do bordado, outra lei sancionada pelo governo do estado instituiu o Dia Estadual da Rendeira, que será comemorado anualmente no dia 13 de abril, ressaltando a importância dessa arte para a cultura e economia local.
O bordado do Seridó representa não apenas uma forma de expressão artística, mas também uma forma de sustento e preservação cultural, que, agora, conta com o reconhecimento formal do estado do Rio Grande do Norte. Com o apoio legal, espera-se que a arte continue a prosperar e a ser valorizada por futuras gerações.
