Uma parceria entre o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de João Pessoa (Samu-JP) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) vai garantir atendimento rápido a vítimas de sinistros de trânsito por meio de um serviço aeromédico durante o período junino, em João Pessoa e na Região Metropolitana. Neste sábado (21), o prefeito Cícero Lucena conheceu a estrutura da operação, apresentada na sede da PRF, no bairro do Cristo Redentor.
“Iniciamos essa parceria com a Polícia Rodoviária Federal. Agora, com os bons resultados dessa iniciativa, estamos avançando também para o resgate aeromédico. A gente torce para que não aconteçam ocorrências tão graves, mas é importante estar preparado. Temos visto um São João bastante seguro em toda a Paraíba. E, trazendo esse olhar para João Pessoa, percebemos essa mesma garantia de segurança em várias áreas de festividade”, afirmou o prefeito.
A regulação do serviço aeromédico será feita pelo Samu-JP, por meio do número 192. O atendimento funcionará de forma integrada entre o Samu e a PRF durante os próximos 10 dias do feriadão, das 7h às 19h, cobrindo toda a Região Metropolitana de João Pessoa. Os profissionais da Secretaria Municipal de Saúde, incluindo os médicos, já foram treinados para atuar a bordo da aeronave. Em qualquer ocorrência de maior gravidade — seja nas rodovias ou fora delas — a equipe poderá ser acionada para realizar o resgate aeromédico.
“O tempo de resposta é fundamental quando ocorre um sinistro. Nós já havíamos implantado, aqui na Região Metropolitana, o serviço de resgate terrestre da PRF em parceria com o Samu-JP, atuando de forma integrada. Essa atuação conjunta trouxe resultados extraordinários e se tornou referência em todo o Brasil. Agora, durante o período do São João — quando há um aumento significativo no fluxo de pessoas na região — estamos trazendo a aeronave médica para reforçar esse trabalho. Mais uma vez, em parceria com o Samu-JP, queremos oferecer o melhor serviço à sociedade”, destacou o superintendente da PRF na Paraíba, Pedro Ivo.
A coordenadora-geral do Samu-JP, Lídia Holanda, detalhou como será colocada em prática a operação e quais os critérios para a utilização da aeronave. “O médico regulador vai analisar qual recurso enviar, de acordo com a gravidade do paciente e com o tempo-resposta — o que pode chegar primeiro. Em um caso de traumatismo cranioencefálico, por exemplo, pode ser mais viável enviar o helicóptero diretamente para o Hospital de Trauma, ou pode ser que a ambulância avançada chegue mais rápido. Apesar de o helicóptero ser o transporte mais veloz, há toda uma logística envolvida. Então, é o médico regulador do Samu 192 quem vai definir a melhor estratégia”, explicou.
A aeronave conta com toda a estrutura de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), segundo o inspetor da PRF, Roosevelt Barbosa. Ele também adiantou que esta é a fase inicial do serviço aeromédico, que poderá ser ampliado futuramente por meio de uma pactuação com a Prefeitura de João Pessoa. “São 10 dias como reforço da operação de São João. Mas a ideia é, ao longo do tempo, estabelecer uma parceria contínua, para que esse serviço de resgate aeromédico atenda o Samu da Paraíba e a população de João Pessoa com mais frequência”, projetou.