Neste domingo (14) Napoli e Inter decidem o Máster
A equipe da Alemanha venceu Portugal na grande final e conquistou o Campeonato Interno SuperMáster de Futebol do Clube (50 a 58 anos). Foi uma decisão cheia de emoção que só acabou nas penalidades a favor dos alemães. Após 0 a 0 no tempo regulamentar, nas cobranças máximas, brilhou a estrela do goleiro Guga Machado e a Alemanha fez 5 a 4, com uma grande defesa do goleiro Guga na última cobrança do time Português.
Para chegar na finalíssima do campeonato, a Alemanha foi a campeã do segundo semestre, após vencer a Colômbia, também nos pênaltis (6 a 5). No segundo semestre fez uma campanha de quatro vitórias, dois empates e uma derrota. Marcou 22 gols e sofreu apenas 12, com um saldo de 10 gols.
O artilheiro da equipe foi Eduardo Alves, com 14 gols, seguido por Carlos Fedato (10 gols).
O goleiro Guga Machado é um recordista de título na temporada do futebol interno do Pinheiros. Só não jogou esse ano na categoria principal. Já foi campeão pelo Sênior, jogando pelo Athletico Paranaense e luvas de ouro e, agora pelo SuperMáster jogando pela Alemanha. Neste domingo (9h10) pode ganhar seu terceiro título jogando pelo Napoli em final contra a Inter de Milão.
Sobre os pênaltis que pegou na final do SuperMáster, o goleiro que seria jogador de basquete, explica como fez as defesas. “Todo mundo conhece todo mundo no Clube. Alguns eu imaginava como podiam bater, outros eu não fazia ideia. Mas mesmo assim o feeling ali na hora é o mais importante para fazer a defesa”, explicou o goleiro da Alemanha, campeã SuperMáster, de 42 anos, inspirados em Marcos, do Palmeiras, mais os colombianos Higuita e Navarro Montoya, mais o mexicano Jorge Campos, devido ao estilo de jogo. Foi também eleito o MVP da final do SuperMáster.
No último pênalti batido por Leonardo Gaspar, Guga fez a defesa para a explosão de alegria do capitão Renato Grau e companheiros. Grau, por sinal foi eleito o MVP do returno na semana passada. Líder e capitão da equipe, Grau fez um dos pênaltis para a Alemanha.
Os campeões do SuperMáster
Guga Machado, Airton Castro, André Coutinho, André Vinicius Santos, Carlos Alberto Fedato, Cláudio Berquo, Eduardo Alves, Fábio Brancatelli, Fábio Bechara, Guilherme Tatini, Luiz Guilherme Santos, Maurício Campoli, Paulo Roberto Moreira, Pierre Schrappe, Renato Toloza, Ricardo Guimarães, Roberto Carlos Fazilari, Roberto Cunha e Renato Grau.
Portugal, vice-campeão Supermáster
Tadeu Cruz, André Fragoso, Antônio Carlos Porto, Djalma Siqueira, Eduaro Taunay, Emerson Lima, Frederico Ferreira, Guilherme Martinelli, Guilherme Silva, Giuliano Bertolucci, José Martinez, Heitor Tonissi, Leonardo Gaspar, Maurício Pasqualetti, Mauro Dalla Valle, Rafael Lima, Renato Holzheim, Roberto Bastos, Rodrigo Junqueira, Rodrigo Ohara e Ruy Marco Antônio.
Artilheiros do SuperMáster
1 – Guilherme Ommundsen, Colômbia, 17 gols
2 – Eduardo Horta, Alemanha, 14 gols
– Marcelo Soares, Espanha, 14 gols
3 – Fábio Laudisio, Holanda, 12 gols
4 – Guilherme Rodrigues, Colômbia, 11 gols
5 – Beto Fedato, Alemanha, 10 gols
– José Martinez, Portugal, 10 gols
6 – Rodrigo Ohara, Portugal, 9 gols
7 – Marco Ferraz, Itália, 8 gols
– Guilheme Jardim, Uruguai, 8 gols
CAMPANHA DO CAMPEÃO – RETURNO
Portugal 1×6 Alemanha
Alemanha 4×1 Uruguai
Colômbia 1×4 Alemanha
Itália 1×1 Alemanha
Alemanha 2×1 Holanda
Alemanha 3×5 Argentina
OITAVAS E QUARTAS – NÃO JOGOU
Semifinal
Alemanha 7×2 Espanha
Espanha 3×0 Alemanha
Final do returno
Alemanha (6)0x0 (5) Colômbia
FINALÍSSIMA
Alemanha (5) 0x0 (4) Portugal
FINAL DO MÁSTER
Neste domingo (14), às 9h10 – Campo A
Napoli (campeão do turno) x Inter de Milão (campeão do returno)
O SURGIMENTO DA ALEMANHA CAMPEÃ. CONTADA POR RENATO GRAU
“A história do time da Alemanha, na verdade, começa dois ou três anos atrás. Naquele momento, eu, Renato Grau, e o Ricardo de Guimarães — o Guima — fomos convidados para integrar o time do Palmeiras e disputar esse mesmo campeonato. O time tinha como patronos o Fábio De Luca e o Luiz Tavoalieri, grandes amigos. Foi uma experiência muito interessante. Fizemos um bom campeonato, vencemos o returno, mas acabamos não conquistando a superfinal.
No ano seguinte, esse mesmo grupo passou a se chamar Real Madrid, mantendo praticamente a mesma base. O time amadureceu, ganhou mais consistência, e o resultado veio. Fomos campeões, vencendo novamente o segundo turno e, dessa vez, também a superfinal.
Existe uma regra importante na categoria Supermaster: de um ano para o outro, apenas seis jogadores podem ser mantidos. Diante disso, eu e o Guima tomamos a iniciativa de criar um novo time. Assim nasceu a Alemanha.
O primeiro ano da Alemanha foi no ano passado. Foi um ano mediano. Um time gostoso de jogar, com boas relações, mas ainda não competitivo o suficiente para brigar de verdade pelo título. Aquela temporada, no entanto, foi fundamental como aprendizado.
Com tudo o que vivemos, resolvemos reformular. Montamos uma nova Alemanha, mais madura, mais equilibrada e, dessa vez, realmente competitiva. O ponto central desse processo foi entender que não queríamos apenas formar um time, mas sim um grupo. A escolha não passou só pela qualidade técnica, mas pelas pessoas: caráter, postura e comprometimento com o coletivo. Esse foi um dos grandes diferenciais.
O primeiro semestre foi um pouco mais difícil. Sofremos com muitas ausências, contusões e viagens. O time demorou a encaixar, mas já era bom de jogar e mostrou potencial. No segundo semestre, tudo começou a fluir. Perdemos apenas uma partida no segundo turno, justamente a última, quando já estávamos classificados, e chegamos fortes à semifinal e à final. A primeira partida da semifinal do returno foi, para mim, a melhor do ano, quando vencemos o excelente time da Espanha por 7 a 2, um placar bastante elástico.
O campeonato Supermaster deste ano foi extremamente equilibrado. Tanto a final do returno quanto a superfinal foram jogos duríssimos. As duas partidas terminaram empatadas em 0 a 0 e foram decididas nos pênaltis, com nove cobranças para cada lado, em confrontos cheios de tensão, alternâncias e possibilidades de definição a cada chute.
Na final do returno, acabei vivendo um momento especial. Atuando como zagueiro, recebi o troféu de MVP, como jogador mais valioso da decisão — um reconhecimento individual que, para mim, simboliza muito mais o esforço coletivo daquele jogo.
Pela performance ao longo do campeonato, o destaque individual veio novamente para o nosso time, com a escolha do Bola de Ouro para o Eduardo Horta. Um prêmio mais do que merecido, especialmente por se tratar de um jogador que estava estreando na categoria e que mostrou personalidade, técnica e entrega desde o primeiro jogo.
Vale destacar que, ao longo dessa reta final, perdemos dois atletas, dois amigos muito importantes, por questões médicas. Mesmo assim, o grupo se manteve unido, se apoiando o tempo todo. Todo mundo jogando por todo mundo. Essa força coletiva foi decisiva para que chegássemos onde chegamos.
Foi um prazer enorme viver tudo isso. E acredito sinceramente que conseguimos representar bem o espírito da categoria Supermaster: competitividade, respeito, amizade e paixão pelo jogo. Parabéns aos diretores David e Carlucho pelo trabalho na condução dos campeonatos.
Fotos da galeria: Alan Morici/ECP


